
A crescente taxa de natalidade no Brasil representa um mercado em expansão para o segmento de roupa infantil.
Para quem precisa comprar roupas infantis, sabe que a idade da criança é a referência usada por todas as confecções. Tamanhos 1, 2, 4, 6... e por aí vai. O difícil é encontrar uma padronização nestes tamanhos. Crianças de 2 anos vestem 2 para a confecção X e 4 para a confecção Y. O que prejudica e muito a exportação de nossas peças (Made in Brazil) e a venda pela internet.
Semana passada estive em São Paulo na feira Fit 0-16, e pude participar de uma discussão sobre a nova norma do vestuário - Referências de medida do corpo humano da ABNT - que consideram a estatura como medida padrão.
A princípio, achei um tanto complicado tentar padronizar as medidas das roupas infantis considerando a sua estatura. A final, a diferença do biotipo das crianças do Sul e crianças do Nordeste, por exemplo, é um dos fatores que pode dificultar a formatação da norma apesar de terem a mesma idade. Após a palestra, percebi que é algo perfeitamente viável. Desde que as empresas estejam empenhadas e estudem a melhor forma de aplicar a norma em sua linha de produção. Na moda adulta, ninguém compra suas roupas com base em sua idade.... tamanho 26, tamanho 68! Imagina como seria!? Compramos como PP, P, M, G... que leva em consideração outras medidas como tórax e cintura. Concordo que não há nada melhor que trazer essa referência para a moda infantil.
Quem sair na frente, apresentará sua preocupação com a qualidade e profissionalismo, iniciando um novo tempo no setor do vestuário bebê e infanto-juvenil.
Eu acredito que com a norma, haverá otimização da fabricação, pois o desperdício de materiais será menor. Além disso as vendas pela internet e exportação estimuladas, contribuindo para a economia do país e movimentando milhões de peças anualmente!